O presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Luiz Bevilacqua, recebeu nesta quinta-feira (25/3) uma delegação chinesa para discutir as atividades necessárias à implementação do acordo sobre os Satélites Sino-Brasileiros de Recursos Terrestres (Cbers) 3 e 4.

A pauta incluiu assuntos como o lançamento dos satélites, o rastreio e o controle dos artefatos. De acordo com o "Protocolo complementar ao acordo quadro entre Brasil e China para continuidade do desenvolvimento conjunto de satélites de recursos terrestres" assinado em 2002, o Brasil será responsável pela colocação em órbita do Cbers-4. Há possibilidade de que esse lançamento seja efetuado a partir do Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão.

O presidente da AEB e a delegação chinesa discutiram as tarefas e o cronograma relativos aos Cbers – objeto de análise na primeira reunião do Comitê Conjunto do Projeto (JPC), programada para o final do mês no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Outro ponto importante da pauta foi o fornecimento de imagens do Cbers-2, lançado em outubro de 2003, a usuários internacionais, cuja demanda vêm crescendo em vista da sua qualidade.

Brasil e China já desenvolveram dois satélites de sensoriamento remoto (Cbers-1 e 2), empregados no mapeamento da superfície do globo, o que permite mensurar o desmatamento na Amazônia, localizar focos de queimadas, inventariar recursos naturais, e exercer planejamento urbano, entre outras aplicações, além de possibilitar ao país a independência crescente em relação a outros sistemas de coleta de imagens.