Um aditivo assinado pela administração Marta Suplicy (PT) com a empresa Cobra Tecnologia estabeleceu desde a semana passada um reajuste de 13,58% no custo do bilhete único do transporte coletivo em São Paulo. O dinheiro arrecadado com as passagens, agora R$ 16,5 milhões mais caras, destina-se ao trabalho de processamento e armazenamento de dados, implantação, manutenção e operação da bilhetagem eletrônica – ou seja, a parte tecnológica do sistema, sem incluir a confecção dos cartões nem os subsídios para compensar eventuais perdas de arrecadação.

Para o presidente da SPTrans (órgão municipal que cuida do transporte), José Evaldo Gonçalo, essas contas incluem despesas de tecnologia do transporte desvinculadas do cartão magnético – como sistema de monitoramento de ônibus por satélite, que utiliza o Sistema de Posicionamento por Satélite (GPS – sigla em inglês).

Além do GPS ser um dos responsáveis pelo aumento nos preços da passagem em São Paulo, Gonçalo também atribui os aditivos com a Cobra Tecnologia ao "acréscimo de serviços", motivado pela necessidade de mais equipamentos de tecnologia e informática para a ampliação dos sistemas de carregamento do bilhete, tanto em lotéricas como nos demais postos (supermercados, farmácias, lojas e alguns móveis, instalados em terminais). Prova disso é que, segundo ele, mais de metade das passagens em ônibus e lotações já são pagas atualmente com créditos do cartão magnético.

O Orçamento previa inicialmente gastos de R$ 25,8 milhões para a implantação do bilhete único neste ano. Gonçalo retifica que esses gastos devem atingir R$ 35 milhões até dezembro.

Informações da Folha de São Paulo