O jornal alemão Handelsblatt publicou no final do mês de outubro a afirmação do o chefe da fase de testes e desenvolvimento do sistema de navegação por satélites da Europa, o Galileo, de que o projeto necessita de uma injeção urgente do dinheiro para poder fazer frente ao seu rival, o GPS dos Estados Unidos. Foi o que divulgou no inicio da semana a agência Reuters.

O líder da indústria do projeto Galileo, Guenter Stamerjohanns, disse que a Agência Espacial Européia pedirá aos seus membros mais de 300 milhões de euros extras, montante que é somente a metade do necessário.

"Se o valor não for aportado, o já atrasado projeto não poderá ser realizado conforme o planejado", disse Stamerjohanns, completando que o Galileo já estaria atrasado em quase dois anos, sendo que o planejamento inicial era para o lançamento em 2008.

Stamerjohanns é o líder do consórcio que é responsável por construir, lançar e operar quatro satélites-teste e estações em terra para o Galileo. Na segunda fase, 26 satélites serão lançados para completar o sistema. 

O sistema Galileo é projetado para aplicações civis como comunicações, transporte e agricultura, mas também terá usos militares potenciais e reduzirá a dependência espacial de países europeus dos Estados Unidos. A união européia espera gerar anualmente mais de 100.000 postos de trabalho, além de serviços e contratos de mais de 9 bilhões de euros.

Informações da agência Reuters