O papagaio-de-cara-roxa, também conhecido como chauá, foi quase extinto por causa da perseguição criminosa de traficantes de animais e pelo desmatamento de seu hábitat natural.

Agora a espécie está recebendo ajuda das geotecnologias para prolongar sua vida. Desde 1998, a SPVS (Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental) vem colaborando para aumentar a população dos animais.

A entidade não-governamental desenvolve um projeto de conservação nas cidades de Guaraqueçaba, Antonina e Paranaguá, no Paraná.É nesta região que está concentrada a maioria dos papagaios-de-cara-roxa do país e acordo com o censo feito em julho deste ano, só no litoral do Estado foram encontrados 3.400 indivíduos, mais de 75% existentes no Brasil.

Os biólogos instalam rádios-colar em filhotes, que através de um sistema de GPS é capaz de monitorá-los, identificando os locais onde os animais se alimentam, dormem e se reproduzem, além de acompanhar suas rotas de migração. "Com isso, está sendo possível determinar áreas mais precisas para preservação e fiscalizar mais de perto a captura ilegal", afirmou ao portal MundoGEO a bióloga Elenise Sipinski, da SPVS, coordenadora do Projeto Conservação do Papagaio-de-cara-roxa.

O rádio-colar é instalado ao final do período reprodutivo – que normalmente vai de setembro a março – em filhotes que ainda estão no ninho.

O equipamento pesa oito gramas e acaba aindo naturalmente, após alguns meses. Financiado pelo Fema – Fundo Estadual do Meio-Ambiente, do governo paranaense, e pelo FNMA – Fundo Nacional do Meio-Ambiente, o projeto custa cerca de 60 mil reais por ano.

No total, anualmente, a SPVS gasta até 200 mil reais para proteger a espécie.

O papagaio-de-cara-roxa é endêmico e sua sobrevivência depende da preservação do meio em que vive.

Uma vez destruído seu hábitat, a população desta espécie vai diminuindo.

+Informações http://www.spvs.org.br/

Informações da SPVS