Com o objetivo de conhecer melhor o mercado de estações totais no Brasil, o Portal MundoGEO e a Revista InfoGNSS realizaram, no final de abril, uma pesquisa que durou apenas um dia e mostrou um bom extrato do setor de geomática.

O estudo foi desenvolvido para descobrir qual a relação dos usuários com as estações, qual a precisão e o alcance mais comuns, e quais atributos são mais valorizados em um equipamento.

Segundo a pesquisa, a maioria dos visitantes do Portal MundoGEO trabalha como operador em campo (39,4%), sendo que 33,2% são usuários de dados em escritório, 6,2%, são avaliadores ou compradores e 5% são vendedores de produtos. Pouco mais de 16% se encaixava em mais de uma categoria, ou não constava em nenhuma, informando que são estudantes, professores, empresários, etc..

Precisão

No item precisão angular, cerca de 40% dos participantes da pesquisa informou que usa equipamentos entre 1” e 3” e outros 40% entre 3” e 5”. O restante se dividiu entre menos de 1” (5,4%) e mais de 5” (16,1%).

Porcentagens muito semelhantes, com uma tendência para os valores intermediários, se aplicam à precisão linear, com pouco mais de 42% entre 1 e 2 milímetros e 40% entre 2 e 3 milímetros. O restante ficou dividido entre menos de 1 (4,7%) e mais de 3 milímetros (12,9%).

Alcance

Quanto ao alcance usando prisma padrão, 35,7% usam equipamentos com menos de 2 mil metros, enquanto 46,9% são usuários de estações que alcançam entre 2 a 3 mil metros. Uma menor parte (11,6%) usa equipamentos com 3 a 4 mil metros, e a minoria (5,8%) com mais de 4 mil metros.

Já para o alcance sem o uso de prismas, há um empate técnico entre as opções até 100 metros (29%), entre 100 e 200 metros (32,4%) e entre 200 e 500 metros (30,3%). Apenas 8,3% informou usar estações que alcançam mais do que 500 metros sem prisma.

Atributos

Quanto aos principais atributos valorizados pelos participantes, havia a possibilidade de escolher mais de um item, sendo que a qualidade mais valorizada em uma estação total foi a precisão, seguida de perto pela facilidade de uso e preço. O tempo da estação total no mercado parece não ser um diferencial, com apenas 19% dos votos. Os resultados podem ser melhor visualizados no gráfico.

Dentre os participantes que indicaram a opção “Outro”, foram informados atributos importantes, como manutenção, garantia, tecnologia embarcada, interoperabilidade com softwares comerciais, confiança na marca, apoio do revendedor, suporte técnico, capacidade de memória, facilidade de descarga dos dados, entre outros.

Nos comentários finais da pesquisa, chamou a atenção a mensagem de Francisco Carlos Laurenti, que sugeriu um enfoque maior na área de técnicos em agrimensura, que são os verdadeiros usuários das informações fornecidas. Para o internauta português Paulo Bré, da cidade do Porto, as marcas de estações totais deveriam dar mais assistência e apoio ao cliente no pós venda.

Vários comentários tiveram como tema as estações totais de origem chinesa, citado a relação custo/benefício desses equipamentos. Um participante sugeriu que as estações totais, receptores GNSS e softwares de topografia fossem padronizados pelo Inmetro.

A pesquisa do Portal MundoGEO e da Revista InfoGNSS teve uma grande participação, com 324 votos em somente um dia. A maioria dos votantes aprovou a iniciativa e sugeriu a realização de mais estudos deste tipo, tanto no Portal MundoGEO como nas Revistas InfoGEO e InfoGNSS.