Nos meses de novembro e dezembro foram verificados 135 km² de desmatamentos pelo Deter, sistema de alerta baseado em satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que verifica a ocorrência de corte raso ou degradação progressiva na Amazônia Legal.

Entre novembro e abril, que consiste na época de chuvas na Amazônia e se torna mais difícil a observação por satélites devido à intensidade de nuvens que cobrem a região, o Inpe divulga os resultados do Deter agrupados por bimestre. Entretanto, é importante salientar que o sistema mantém durante todo o período sua operação regular, com o envio de dados a cada quinzena ao Ibama.

Os pontos amarelos indicados nos mapas abaixo mostram a localização dos alertas emitidos pelo Deter. Em rosa, áreas que estiveram cobertas por nuvens no período analisado.


Em função da cobertura de nuvens variável de um mês para outro e, também, da resolução dos satélites, os dados do Deter não representam uma avaliação fiel do desmatamento mensal da floresta amazônica. Por estes motivos o Inpe não recomenda a comparação entre dados de diferentes meses e anos.

Como o Deter utiliza dados do sensor MODIS do satélite Terra, com resolução espacial de 250 metros, é possível detectar apenas polígonos de desmatamento com área maior que 25 hectares. O Inpe reitera que nem todos os desmatamentos maiores que 25 hectares são identificados pelo sistema, devido à cobertura de nuvens.

A cada divulgação sobre o sistema de alerta Deter, o Inpe apresenta também um relatório de avaliação amostral dos dados. Os relatórios, assim como todos os dados relativos ao sistema, são públicos e podem ser consultados no site do Deter.

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