Nesta quinta-feira, 2 de fevereiro, no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos (SP), o diretor-executivo da Agência de Exploração Espacial do Japão (JAXA), Hideshi Kozawa, apresentará o programa espacial de seu país e exemplos de como proteger o meio ambiente e reduzir o impacto dos desastres naturais por meio do uso de satélites. Na sexta-feira (3), comitiva da JAXA se reúne com coordenadores do Inpe.

As atividades no Inpe são parte do “Seminário sobre a Cooperação Espacial Brasil-Japão”, organizado pela Agência Espacial Brasileira (AEB) e Consulado-Geral do Japão em São Paulo para fomentar amplo intercâmbio de ideias que resultem em possíveis projetos no setor espacial de interesse dos dois países.

O seminário abordará o papel das joint ventures e da colaboração entre instituições de pesquisa científica e tecnológica. Em sua palestra, o diretor da JAXA deve destacar as aplicações industriais dos conhecimentos e tecnologias espaciais, as possibilidades de cooperação entre Brasil e Japão, com parcerias entre os setores público e privado dos dois países, bem como de cooperação com países sul-americanos no uso dos conhecimentos espaciais.

Reunião

Em reunião realizada na última terça-feira (31) com o ministro Marco Antonio Raupp, o diretor da Japan Aeroespace Exploration Agency (Jaxa), Hideshi Kozawa, e o diretor de Política Espacial da Agência Espacial Brasileira (AEB), Himilcon de Castro Carvalho, os participantes reiteraram o desejo de parcerias tanto entre os governos como entre empresas das duas nações. O ministro Raupp defendeu que os esforços conjuntos abarquem tecnologia, aplicação e indústria.

Ele propôs que o ponto de partida seja o Programa Internacional de Medidas de Precipitação (Global Precipitation Measurement – GPM), desenvolvido pela agência espacial japonesa e pela National Aeronautics and Space Administration (Nasa, dos EUA) e aberto à participação internacional por meio de agências espaciais e meteorológicas. A iniciativa visa monitorar globalmente, com satélites, as precipitações na atmosfera, em alta resolução temporal. O Brasil participa do programa com campanhas científicas, desenvolvimento de algoritmos e desenvolvimento de um satélite da constelação.

Raupp destacou que o País está consolidando o Sistema Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais e um acordo nesse âmbito poderia ter um impacto muito positivo. “A ideia é começar com algo bem concreto e depois estimular a ampliação dos trabalhos conjuntos”, disse.

Com informações do  Inpe e Jornal da Ciência