Desde 2004, a Universidade de Brasília (UnB) promove uma pesquisa para desenvolver, por meio de recursos humanos e infraestrutura nacional, propulsores elétricos para aplicação no controle de atitude e órbita de satélites, isto é, de posicionamento e direcionamento.

Esse projeto é possível graças ao apoio do Programa Uniespaço da Agência Espacial Brasileira (AEB), autarquia vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).

Coordenado pelo Laboratório de Física dos Plasmas (LFP) do Instituto de Física (IF) da UnB, o projeto recebeu a sigla PHALL (Projeto PHALL), por ser um projeto que permite o desenvolvimento de um propulsor a plasma do tipo Hall para controle de atitude e órbita de satélites.

Para o coordenador do projeto, professor José Leonardo, o programa foi fundamental para o estabelecimento da área de ciência e tecnologia espacial na UnB.

“Além da oportunidade de participar do Programa Espacial Brasileiro através do Uniespaço, o projeto permite a formação de pessoal para uma área estratégica do Brasil. Estudantes de graduação, mestrado, doutorado e até pós-doutorado continuam a realizar trabalhos nesta área”

Atualmente, o terceiro protótipo do propulsor PHALL encontra-se em fase de ajustes e melhoramentos. O projeto funciona em uma das câmaras de vácuo do Laboratório de Física dos Plasmas. O professor José Leonardo relembra que

“o Programa Uniespaço já fez grandes contribuições para as universidades brasileiras e para a UnB, com apoio em diversos projetos das Engenharias e da Física”

O presidente da AEB, Carlos Moura, explica tem sido crescente a necessidade de os objetos poderem corrigir ou mesmo mudar de órbita:

“Dominar essa tecnologia de propulsão a plasma é um ganho significativo para os sistemas espaciais brasileiros. A AEB e o UNIESPAÇO sentem-se orgulhosos dos avanços da UnB, de seus pesquisadores e alunos”

A AEB é entusiasta não apenas dos projetos de sistemas operativos, mas também dos de desenvolvimento tecnológico e de pesquisa científica. Com os recursos do órgão tem sido possível articular novos projetos em parceria com instituições e contribuir com o avanço da ciência e da tecnologia no Brasil.

Sobre o Uniespaço

O Programa Uniespaço foi criado em 1997 pela AEB. Com editais preparados para receber propostas das universidades brasileiras, o programa teve a última edição em 2013, e sempre prezou por formar uma base sólida de pesquisa e desenvolvimento composta por núcleos especializados capazes de executar projetos na área espacial. Sempre estimulando a participação de instituições de pesquisa, a promover projetos de pesquisa a partir dos temas do programa.

O Uniespaço está prestes a retomar atividades a partir de parceria entre a AEB e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), seguindo as diretrizes do MCTI, que passará a ser o Presidente do Comitê Gestor, viabilizando um maior alinhamento com iniciativas em outras áreas de interesse da Ciência e Tecnologia. Para o presidente da AEB, Carlos Moura, esse melhor aproveitamento das capacidades distribuídas pelo país vai fazer com que o setor tenha mais sinergia e coloque o Brasil na vanguarda da pesquisa espacial.

Pela proposta, o Uniespaço ampliará sua capacidade de estimular, orientar e promover a pesquisa científica, o desenvolvimento tecnológico e a formação de recursos humanos qualificados na área espacial, assim como incentivar a criação de ambiência favorável à inovação e ao empreendedorismo no âmbito das ações prioritárias do Programa Espacial Brasileiro (PEB).

Com informações e imagem da AEB

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