Foi assinado, na última quarta-feira (18/5), em Brasília (DF), o memorando de entendimento entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do MCTI- e a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), ligada à Secretaria do Comércio dos Estados Unidos, visando o intercâmbio de informações para monitoramento e previsão de seca. 

No acordo, o Cemaden e a NOAA irão compartilhar dados de monitoramento climático, que contribuirão para o desenvolvimento de ações antecipadas para diminuir os efeitos da seca nos dois países. As duas  instituições possuem redes de radares e sensores, que serão utilizados nesse intercâmbio de informações.

O ministro do MCTI, Paulo Alvim, destacou futuros ganhos que serão promovidos pelo trabalho conjunto das duas instituições. “Esta união é uma contribuição da ciência em favor do mundo. A iniciativa serve para anteceder problemas e construir soluções, o que é a missão do Cemaden/MCTI. Hoje no Brasil, a seca ocorre em todos os biomas. Precisamos agir o quanto antes para reduzir seus efeitos”, declarou o ministro.

O ministro ressaltou, também, o trabalho do Cemaden, enfatizando que o papel da ciência com informação na prevenção de desastres é estratégico, parabenizando o Cemaden por mais essa parceria.

O diretor do Cemaden, Osvaldo Moraes, evidenciou a importância do acordo entre as instituições: “O compartilhamento de dados entre as duas instituições permitirá que sejam desenvolvidas ações de mitigação aos efeitos da seca, além da emissão de alertas e a gestão assertiva dos riscos causados pelas estiagens”, explicou. Acrescentou que tanto o Cemaden como a NOAA possuem plataformas independentes de monitoramento de impactos de seca e da importância do compartilhamento de informações. “Se trabalharmos para desenvolver uma plataforma em conjunto, essa plataforma integrada poderá fornecer informações não apenas para o Brasil e Estados Unidos, mas também serem utilizadas por outros países, o que irá representar um ganho imenso.”, salienta o diretor do Cemaden. 

O subsecretário de Comércio dos Estados Unidos, Don Graves, enfatizou que a parceria vai prevenir os impactos dos desastres naturais e das mudanças climáticas, na elaboração de soluções, contribuindo, positivamente, para diversos setores, como a economia, a segurança alimentar e recursos hídricos. “Nós vamos aprender muito uns com os outros, de forma que este intercâmbio de informações estratégicas será de grande valor para Brasil e os EUA”, concluiu o subsecretário Graves.

Acordo Cemaden/MCTI e NOAA

O memorando de entendimento entre o NOAA e o MCTI, por meio do Cemaden, prevê a cooperação científica por dez anos, revisando os acordos a cada dois anos.

Os principais objetivos são o de aprimorar as capacidades para prever as secas e seus impactos, desenvolvendo com melhor eficácia e antecedência os alertas, incentivando esforços conjuntos para resolver os problemas comuns.

Também estão previstos a promoção da compatibilidade na coleta, análise, arquivamento e disseminação de dados, para que possam ser facilmente acessados, analisados e integrados. 

Entre as atividades que serão desenvolvidas, dentro do acordo de cooperação científica, estão o compartilhamento de dados, produtos e plataformas ambientais; análise e divulgação de dados ambientais, além do desenvolvimento de aplicações em pesquisas científicas. Também estão previstos treinamentos e workshops para o desenvolvimento de capacidades e cooperação com outras instituições, universidades e setor privado.

Com informações e imagens da Ascom/Cemaden com Ascom/MCTI

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