O sistema de telecomunicação do governo que vai monitorar e registrar os rastreadores antifurto está pronto após atrasos na implantação, mas agora é preciso testá-lo com os carros em movimento, o que levará mais alguns meses. A instalação dos equipamentos, começando por 20% da produção de carros, está prevista para maio deste ano, e não mais para 31 de janeiro.

Esse é mais um atraso de uma história do Simrav iniciada há sete anos, quando o governo estabeleceu o uso desses dispositivos dentro da política de prevenção ao roubo de veículos. Inicialmente, os rastreadores seriam instalados em agosto de 2009. Porém, o cronograma teve que ser revisto por mais de três anos diante da resistência de montadoras, a demora na implantação do sistema e uma liminar que suspendeu na Justiça o programa por violação ao direito de privacidade – o que levou a ajustes no desenvolvimento dos módulos de rastreamento.

Depois de testes em laboratório, o funcionamento do equipamento antifurto está sendo testado com os carros nas pistas sob o sistema de gerenciamento definitivo. O Denatran, que vai operar esse sistema – por onde passará todo o processo de ativação dos dispositivos -, informa que já foram feitos testes em vários veículos de marcas distintas. Atualmente, os testes estão sendo feitos em quatro veículos de duas marcas diferentes. O novo cronograma, que fixa o inicio da instalação em maio, ainda será aprovado nos próximos dias pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Quando a funcionalidade do sistema for comprovada, começa a produção.

Gradativamente os equipamentos antifurto serão instalados em todos veículos fabricados ou importados no país – desde os carros de passeio e caminhões a motocicletas. Para preservar sua privacidade, o dono do carro só terá acesso a funções de localização e bloqueio remoto do automóvel se contratar uma empresa de rastreamento e habilitar o dispositivo. Além da garantia do sigilo das informações de localização, o proprietário do veículo ganhará mais segurança ao ter o equipamento antifurto instalado. Isso porque, será parte integrante do carro, e caso o dispositivo seja retirado ou adulterado, o automóvel perde, automaticamente, sua funcionalidade se autobloqueando.

(Fonte: OESP)

Entenda a Lei de instalação de equipamentos antifurto em veículos