Pela primeira vez, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) incluiu a tecnologia que envolve exploração de recursos de geotermia superficial como “tecnologia disruptiva” de fontes alternativas de energia – aquelas tecnologias capazes de alterar significativamente o mercado de energia.

A inclusão da geotermia no Plano Nacional de Energia 2050 (PNE 2050) foi feita levando em consideração também os resultados do projeto desenvolvido pelos pesquisadores Fábio Vieira e Suze Guimarães, do Laboratório de Geotermia do Observatório Nacional, em parceira com pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e com a empresa I Care & Consult Brasil.

O relatório destaca que “a situação internacional indica que a tecnologia já dispõe de viabilidade para alguns mercados, fundamentada nos conceitos de eficiência energética, o que pode representar uma oportunidade para o Brasil”.

A geotermia é uma das áreas de pesquisa da Coordenação de Geofísica do ON, dedicada ao estudo das temperaturas e das trocas de calor no interior da Terra. A energia geotérmica é extraída do calor que está no interior da Terra e pode ser aproveitada, de modo indireto, na sua conversão em energia elétrica, ou, de forma direta, na utilização das fontes termais para recreação, por exemplo.

O estudo do qual o ON faz parte busca avaliar a viabilidade de exploração, nas regiões Sul e Sudeste, de geotermia de muito baixa entalpia, ou temperatura baixa, que serve para aplicação direta.

De acordo com o relatório do PNE 2050, mais de 3 milhões de plantas, entre edificações e indústrias, funcionam com geotermia superficial em 54 países no mundo. Estudos de geotermia rasa estão associados ao aproveitamento de energia térmica do subsolo superficial, usando o ciclo de refrigeração, e empregada para aquecer, climatizar e desumidificar ambientes; aquecer água em banheiros e piscinas; e aquecer e resfriar processos industriais. O emprego da geotermia superficial pode promover a diminuição no consumo de energia elétrica nos horários de pico.

O PNE 2050, elaborado pelo Ministério das Minas e Energia (MME), está aberto à consulta pública até outubro deste ano. No portal de Consultas Públicas do MME, os interessados podem enviar suas contribuições para aprimoramento do PNE 2050.

DroneShow e MundoGEO 100% Online

Este ano, os eventos MundoGEO Connect e DroneShow vão acontecer no formato 100% online de 1 a 30 de setembro.

Serão 21 atividades, uma por dia (13 cursos, 7 seminários e 1 fórum), além de uma plataforma de conexões e negócios que vai permitir intensa interação entre os participantes e patrocinadores.

Confira a programação completa do MundoGEO Connect e DroneShow 2020 e faça sua inscrição antecipada para garantir sua vaga e um super desconto!